O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de São Carlos (SP) está usando carros adaptados para resgatar vítimas. São picapes transformadas em ambulâncias fora do padrão do Ministério da Saúde, o que prejudica o atendimento das vítimas. Os motoristas também alegam que se sentem muito inseguros quanto à manutenção e o cuidado com os equipamentos. A Prefeitura informou que já pediu ao Ministério da Saúde a renovação da Frota, mas o Governo Federal comentou que não há precisão de renovar as ambulâncias em 2015.
A frota de ambulâncias é nova, com cerca de três anos, mas os funcionários reclamam. Segundo eles, alguns caros que fazem o resgate de vítimas foram adaptados sem seguir os padrões exigidos pelo Ministério da Saúde. Os carros foram transformados em ambulância e pintados com números e símbolos do Samu e não possuem porta lateral, ao contrário dos veículos doados pelo Ministério da Saúde. Dentro da ambulância adaptada, o espaço é apertado. A prancha de socorro fica entre a maca e o banco dos enfermeiros.
Um funcionário que não quis se identificar afirma que esses são apenas alguns dos problemas. “Principalmente o problema do espaço. Fica difícil para trabalhar, para as equipes trabalharem. Trabalhamos com uma equipe de enfermagem com duas pessoas, fazendo atendimento, você não consegue prestar um atendimento de qualidade”, falou.
O homem ainda diz que as equipes e os pacientes correm riscos porque os carros não passam pela revisão adequada. “A gente não tem uma oficina especializada, uma oficina licitada, para levar as ambulâncias para manutenção”, afirmou.
Para ele, a falta de manutenção causou um acidente na Rodovia Washington Luis (SP-310) em dezembro de 2014 com uma ambulância que ia buscar um paciente. O motorista e dois enfermeiros tiveram ferimentos leves. “O condutor já havia passado, ele já tinha percebido que esse carro estava travando o volante e não foi tomada nenhuma providência e aconteceu esse acidente durante a madrugada”, contou.
